A GoVerde Energia vai apostar alto na Bahia: são cerca de R$ 9 bilhões em investimentos previstos para instalar um parque industrial voltado à produção de combustíveis e insumos verdes.
O plano inclui a fabricação de metanol e amônia verdes, além de oxigênio e energia solar. Tudo com tecnologia alemã e foco na exportação, especialmente no caso do metanol, que está ganhando espaço como alternativa sustentável nos mercados globais.
Na primeira fase, a planta terá capacidade para produzir 300 toneladas por dia de metanol e amônia verdes, além de 155 toneladas diárias de oxigênio. À medida que o projeto avançar, esses volumes devem dobrar.
O projeto ainda contempla a instalação de um parque fotovoltaico distribuído por cinco municípios baianos: Juazeiro, Bom Jesus da Lapa, Pindaí, Brumado e Irecê. A expectativa é alcançar uma capacidade de geração de até 1,5 GW por ano — um reforço estratégico para a matriz energética limpa do estado.
Com essa iniciativa, a Bahia segue fortalecendo sua posição como referência nacional em energia renovável e indústria sustentável.
Deputada troca tudo
O projeto do deputado Eduardo Salles, que criou o “Dia S” de valorização do Sesc e do Senac, até passou tranquilamente na Assembleia Legislativa no último dia 15..
Mas quem roubou a cena mesmo foi a deputada Fabíola Mansur. Relatora da proposta, Fabíola resolveu dar um show à parte.
No início de seu discurso, começou trocando a Fecomércio pela Fieb (oi?), e ainda fez questão de cumprimentar o presidente…da Fieb!
Detalhe: Carlos Henrique Passos nem estava lá.
Quem devia ser lembrado era Kelsor Fernandes, presidente do Sistema Comércio BA.
Mas, né, detalhes…
Como se não bastasse, a parlamentar ainda errou a data do Dia S, que marca um protesto nacional contra cortes no Sesc e Senac, realizado em 16 de maio de 2023.
Ela, confiante, mandou um sonoro “14 de maio”.
Quase acertou. Faltou pouco. Dois dias.
Enquanto o comércio baiano comemora a valorização do Sistema S, a internet agradece o entretenimento.
Abrir é fácil, sobreviver nem tanto
Salvador começou o ano em ritmo acelerado no mundo dos negócios. Só nos dois primeiros meses de 2025, foram abertas 12.173 empresas — um recorde que supera inclusive os números de 2021, auge da retomada econômica pós-pandemia, quando foram criados 11.141 novos CNPJs no mesmo período.
O crescimento não é pequeno: comparado ao primeiro bimestre de 2024, o salto foi de 38%. No total, a capital baiana já abriga mais de 292 mil empresas ativas, segundo levantamento da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz).
O avanço, de acordo com a própria Sefaz, é fruto de políticas de desburocratização e incentivo ao empreendedorismo implementadas pela Prefeitura. A digitalização de processos e a simplificação para abertura de empresas de baixo risco, por exemplo, têm ajudado a tornar o ambiente mais favorável para quem decide empreender.
Mas nem só de facilidades vive o empreendedor soteropolitano. Abrir CNPJ virou tarefa menos complicada — manter a empresa viva, no entanto, continua sendo o verdadeiro desafio.
Altas cargas tributárias, acesso limitado a crédito e dificuldades para escalar negócios ainda são barreiras presentes no dia a dia dos pequenos e médios empresários.
Os números são, sim, motivo de comemoração. Mas para que essa onda de otimismo se traduza em empresas sustentáveis e empregos duradouros, é preciso ir além dos bons indicadores de abertura.
Medidas efetivas de apoio à sobrevivência e ao crescimento das empresas são urgentes porque abrir é só o começo.
Ritmo tímido
O Aeroporto de Salvador fechou o primeiro trimestre de 2025 com desempenho positivo, mas modesto.
Foram pouco mais de 2 milhões de passageiros circulando entre janeiro e março — um aumento de 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
As operações aéreas também cresceram, mas num ritmo ainda mais discreto: 14.518 pousos e decolagens comerciais no trimestre, alta de apenas 0,8% frente ao início de 2024.
Embora o resultado sinalize uma tendência de alta, os números seguem aquém da capacidade instalada e do papel estratégico que a Bahia poderia desempenhar na malha aérea nacional e internacional.
Salvador é porta de entrada para o turismo, negócios e eventos, mas ainda enfrenta gargalos em conectividade e atração de novas rotas.
Obra do VLT ganha fôlego
O VLT de Salvador começa a ganhar forma. O Trecho 1 – que liga a Estação da Calçada à Ilha de São João – chegou a 18% de execução. E mais: já são 1,6 km de trilhos instalados.
Pode parecer pouco, mas é um marco. Em menos de nove meses, esse avanço supera o ritmo de qualquer outra obra ferroviária já feita no Brasil.
A meta do governo é ousada: até dezembro, deve estar pronta uma linha de teste com pelo menos dois quilômetros contínuos, por onde os trens vão circular em fase experimental.
Quando estiver 100% operando, o VLT terá capacidade para transportar até 100 mil pessoas por dia – um alívio para o trânsito e uma alternativa mais sustentável para a mobilidade urbana.
No total, serão cerca de 36 km de trilhos, distribuídos em 34 paradas. Tudo isso com um investimento estimado em R$ 5 bilhões.
A promessa é grande. Agora, os olhos se voltam para a entrega.
Recorde no campo
A Bahia caminha para um novo recorde na produção de grãos. Segundo a Conab, a safra 2024/25 deve alcançar 13,4 milhões de toneladas.
Isso representa um crescimento de quase 8% em relação à anterior. São 977 mil toneladas a mais no campo.
Esse salto vem da combinação de dois fatores: a ampliação da área plantada, com 223 mil hectares a mais, e um clima que, até agora, tem jogado a favor do produtor.
O grande destaque é a soja, que dá um salto robusto de 16,5%.
A produção deve passar de 7,4 para 8,7 milhões de toneladas.
E não é só mais área plantada. Tem mais produtividade também. A média subiu de 63 para 68 sacas por hectare, sinal de que a lavoura está rendendo mais por metro quadrado.
Com esse ritmo, a Bahia segue firme como uma das principais potências agrícolas do país – e mostra que o campo continua sendo um motor de crescimento da economia estadual.
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