A produção industrial da Bahia cresceu 5,6%, em março, frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (19/5). A indústria do estado apresentou o seu segundo resultado positivo consecutivo nesse confronto, mostrando leve aceleração frente ao crescimento registrado na passagem de janeiro para fevereiro (4,9%). O resultado da Bahia em março ficou bem acima do nacional (1,1%).
Em relação a março de 2022, a produção industrial baiana voltou a apresentar resultado positivo (0,7%) após seis meses seguidos em queda nesse confronto com o mesmo mês do ano anterior. O resultado da indústria baiana nesse comparativo foi quase idêntico ao nacional (0,9%).
Dentre os 18 locais investigados com resultados nessa comparação, 9 apresentaram resultados positivos, com os melhores índices registrados no Amazonas (23,5%), Mato Grosso do Sul (8,6%) e Minas Gerais (7,3%). Por outro lado, as maiores quedas foram registradas no Rio Grande do Sul (-6,5%), Goiás (-5,3%) e Santa Catarina (-3,1%).
No resultado acumulado no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana tem a 3ª maior queda do país (-5,2%), inferior apenas às registradas no Rio Grande do Sul (-9,2%) e Mato Grosso (-7,4%). O resultado do país como um todo também apresenta variação negativa (-0,4%).
Por sua vez, nos 12 meses encerrados em março/23, a produção industrial da Bahia tem crescimento acumulado de 0,6%, frente aos 12 meses imediatamente anteriores. No país como um todo, houve total estabilidade (0,0%).
Atividades
O leve aumento na produção industrial da Bahia em março/23 frente a março/22 (0,7%) ocorreu por conta do crescimento na indústria de transformação (4,3%), que voltou a ter resultado positivo após 6 meses seguidos em queda. Por outro lado, a indústria extrativa seguiu apresentando forte retração (-43,5%), a 11ª consecutiva.
Houve crescimento em 5 das 10 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado, na atualização da PIM-PF Regional.
A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (17%) teve o maior aumento no mês e o principal impacto positivo no resultado geral da indústria baiana em março.
Com o maior peso na estrutura industrial do estado (33,9%), a produção de derivados de petróleo voltou a registrar resultado positivo após 5 meses seguidos em queda. Com isso, se mantém em alta e com o melhor resultado nos 12 meses encerrados em março (13,4%).
O segundo maior impacto positivo na indústria baiana em março veio da metalurgia (13,4%), que cresceu pelo segundo mês consecutivo, mas que ainda apresenta a pior queda no acumulado dos últimos 12 meses (-28,1%).
Por outro lado, entre as 5 atividades com queda da produção em março, os principais impactos negativos no resultado geral da indústria da Bahia vieram da fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-31,0%) e da fabricação de produtos de borracha e de material plástico (-5,5%), que registram as maiores retrações no mês.
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