A produção industrial da Bahia recuou 6% em julho frente ao mês anterior, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE. Em relação a igual mês de 2022, a produção do setor também apresentou queda (-3%), tendo a sua terceira retração consecutiva na comparação com o mesmo mês no ano anterior (-3,3% em maio e -3,5% em junho). A Bahia também ficou abaixo do resultado nacional (-1,1%).
Dentre os 18 locais investigados com resultados na comparação interanual, 11 tiveram quedas de produção na indústria. Mato Grosso do Sul (-11,1%), Amazonas (-11,1%) e Maranhão (-6,8%) ficaram com piores índices. Já Rio Grande do Norte (50,7%), Espírito Santo (31,7%) e Pernambuco (8,9%) tiveram as maiores altas.
Os resultados negativos sustentaram as quedas da produção industrial baiana tanto no acumulado nos sete primeiros meses de 2023 (-3,5%), quanto nos 12 meses encerrados em julho (-4,4%). Em ambos os casos, a Bahia tem taxas inferiores às do Brasil como um todo (-0,4% e 0,0%, respectivamente).
O recuo na produção industrial da Bahia em julho/23 frente a julho/22 (-3%) ocorreu por conta de quedas tanto na indústria extrativa (-7,8%, a 15ª retração mensal consecutiva) quanto na indústria de transformação (-2,7%), que caiu pelo terceiro mês seguido.
A produção recuou em 8 das 10 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado. Mostraram avanços apenas a fabricação de produtos alimentícios (17,8%, 8º crescimento mensal consecutivo) e a preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (72,2%, voltando a crescer após queda em junho).
Por sua vez, a fabricação de produtos químicos (-16,1%) teve o terceiro maior recuo no mês e exerceu o principal impacto negativo no resultado geral da indústria baiana. A atividade vem em quedas consecutivas desde março e acumula retração de -9,8% no ano de 2023.
Metalurgia
Com a segunda maior retração e o segundo maior impacto negativo no mês, a metalurgia (-19,5%) caiu pelo terceiro mês consecutivo na Bahia.
Em julho, o maior recuo no estado ficou com a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-26,9%), que tem peso menor na estrutura industrial baiana.
Com o maior peso na indústria do estado, sendo responsável, sozinha, por cerca de um terço do setor, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-2,6%) registrou queda pelo terceiro mês consecutivo.
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