A produção industrial da Bahia cresceu 1,1%, em abril, frente ao mês anterior, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, divulgada nesta terça-feira (13/6) pelo IBGE. A indústria do estado apresentou o seu terceiro resultado positivo consecutivo nesse confronto, apesar de mostrar desaceleração frente ao crescimento dos meses anteriores (5% de janeiro para fevereiro e 5,6% entre fevereiro e março). O resultado da Bahia em abril ficou acima do nacional, que registrou queda (-0,6%).
Em relação a abril de 2022, a produção industrial baiana também apresentou avanço (0,8%) pelo segundo mês consecutivo, em um resultado bastante superior ao verificado no Brasil como um todo (-2,7%). Dentre os 18 locais investigados com resultados nessa comparação interanual, apenas 6 apresentaram resultados positivos, com os melhores índices registrados no Rio Grande do Norte (14,5%), Mato Grosso (11,0%) e Pará (5,1%).
Por outro lado, as maiores quedas foram registradas no Maranhão (-16,4%), Ceará (-7,8%) e Rio Grande do Sul (-7,2%).
Apesar dos resultados positivos em abril, no acumulado nos primeiros quatro meses de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana segue em queda (-3,7%). O resultado é o 6º pior do país e inferior ao do Brasil como um todo (-1%). Nos 12 meses encerrados em abril/23, a produção industrial da Bahia também acumula retração (-0,9%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores. No país como um todo, há leve variação negativa (-0,2%).
Em abril de 2023, a produção da indústria na Bahia encontrava-se num patamar 19,1% abaixo do verificado antes do início da pandemia de covid, em fevereiro de 2020
Indústria do petróleo
O aumento na produção industrial da Bahia em abril/23 frente a abril/22 (0,8%) ocorreu por conta do crescimento na indústria de transformação (4,8%), que teve o segundo resultado positivo seguido. Por outro lado, a indústria extrativa seguiu com forte retração (-42,4%), chegando a um ano de quedas consecutivas.
Houve aumento de produção em 5 das 10 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado.
A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (15,8%) teve o segundo maior aumento no mês e o principal impacto positivo no resultado geral da indústria baiana em abril.
Com o maior peso na estrutura industrial do estado (33,9%), a produção de derivados de petróleo registrou resultado positivo pelo segundo mês seguido. Com isso, se mantém em alta e com o melhor resultado nos 12 meses encerrados em abril (8,8%).
O maior crescimento e o segundo maior impacto positivo na indústria baiana em abril veio da metalurgia (31,7%), que cresceu pelo terceiro mês consecutivo, mas ainda apresenta forte queda no acumulado dos últimos 12 meses (-23,6%).
Por outro lado, entre as 5 atividades com queda da produção em abril, os principais impactos negativos no resultado geral da indústria da Bahia vieram da fabricação de produtos químicos (-15,7%) e da fabricação de celulose, papel e de produtos de papel (-6,0%). A maior retração no mês, porém, foi a da fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-18,5%), que tem um peso menor na estrutura industrial do estado.
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