A Repsol Sinopec Brasil (RSB – 35%), a operadora Equinor (35%) e a Petrobras (30%) tomaram a decisão final de investimento (Final Investment Decision – FID) para desenvolver o campo BM-C-33, localizado no pré-sal brasileiro, na Bacia de Campos, com início de operação previsto para 2028. O investimento total é de aproximadamente US$9 bilhões.
“A decisão final de investimento do BM-C-33 é um marco em nossa trajetória de 25 anos no país, reforçando o papel estratégico do Brasil nas atividades globais da Repsol e da Sinopec. O campo será uma importante fonte de gás para o mercado interno, ajudando a viabilizar uma transição ordenada para um futuro de baixas emissões. É o momento certo, para o projeto certo”, diz Alejandro Ponce, CEO da Repsol Sinopec
A Repsol Sinopec foi operadora do campo durante a campanha de exploração, quando Gávea, Seat e Pão de Açúcar foram descobertos. O BM-C-33 contém reservas recuperáveis de gás natural e condensado de mais de um bilhão de barris de óleo equivalente (boe).
O FID do BM-C-33 também é um marco importante para o mercado brasileiro de gás, com capacidade de vazão estimada em 16 milhões de metros cúbicos por dia. Isso equivale ao consumo de todo o Estado de São Paulo, demonstrando seu potencial de fornecer energia ao Brasil para atender sua crescente demanda e criar valor para a sociedade.
A Repsol Sinopec vem se consolidando como um importante player de gás no Brasil, contribuindo para a abertura do mercado com sua experiência internacional, já que o gás natural representa dois terços das reservas e da produção do Grupo Repsol. O BM-C-33 enfatiza o compromisso da empresa não apenas com o desenvolvimento de um mercado nacional de gás cada vez mais competitivo, mas também com o desenvolvimento local, já que o projeto estima a criação de 50 mil novas oportunidades de emprego diretas e indiretas ao longo de todo o seu ciclo ativo.
Tecnologia
O BM-C-33 será desenvolvido através de um conceito inovador no Brasil, utilizando um FPSO (Floating Production Storage and Offloading unit) que será capaz de processar o gás produzido, e já especificá-lo para venda, sem a necessidade de processamento adicional em terra. A previsão é de que o gás seja exportado por meio de um gasoduto offshore de 200 km do FPSO até Cabiúnas, na cidade de Macaé (RJ). Os líquidos estão planejados para serem descarregados por navios-tanque.
O bloco será um importante fornecedor de gás para o mercado doméstico, ajudando a permitir uma transição ordenada para um futuro de baixas emissões
Além disso, o FPSO usará turbinas a gás de ciclo combinado que podem reduzir significativamente as emissões de carbono do campo. A tecnologia combina uma turbina a gás com uma turbina a vapor para aproveitar o excesso de calor que, de outra forma, seria perdido. Isso reduzirá significativamente as emissões de carbono do campo, com uma média inferior a 6 kg/boe ao longo de sua vida útil, o que é cerca dois terços a menos do que a média do setor.
Estas inovações podem impulsionar não só a produção nacional de gás, mas também o desenvolvimento de novas tecnologias para viabilizar a redução das emissões das atividades offshore.
O bloco BM-C-33 está localizado a aproximadamente 200 km da costa, em lâminas d’água de até 2.900 m, caracterizado por um reservatório de carbonato heterogêneo rico em sílica com cavernas, fraturas e formações denominadas “vugs”.
25 anos de experiência no Brasil
A Repsol Sinopec demonstra um sólido compromisso com o desenvolvimento sustentável do mercado brasileiro de energia ao longo de mais de 25 anos. Pioneira na abertura do mercado de E&P e na exploração do pré-sal brasileiro, a empresa é uma das maiores produtoras de petróleo e gás do país.
A Repsol Sinopec tem um portfólio de classe mundial, com produção nos campos de Albacora Leste, Lapa e Sapinhoá, que é o terceiro maior produtor de petróleo e gás do Brasil.
A Repsol Sinopec é uma Joint Venture entre a Repsol (60%) e a Sinopec (40%). A empresa faz parte do Grupo Repsol.
Leia também: Heineken expande programa de reciclagem de vidro para Salvador