O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, revelou ao jornal Valor Econômico que a Bahia Mineração (Bamin) está entre os projetos analisados pela companhia. “Não há um grande projeto de minério de ferro no Brasil que não avaliem. Temos que olhar dada nossa posição de mercado e infraestrutura”, afirmou durante entrevista coletiva em Nova York nesta terça-feira (3).
De acordo com o jornal, apesar do interesse, Pimenta deixou claro que não há nenhuma decisão ou aprovação de investimento em andamento. “É apenas parte da diligência que nossa equipe realiza”, explicou ao Valor, reforçando que a análise não implica em compromisso imediato.
Atualmente, a Bamin é controlada pela Eurasian Resources Group (ERG), do Cazaquistão. Fontes sugerem que o governo tem pressionado para que a Vale assuma o controle da empresa.
O projeto da Bamin exige investimentos estimados em R$ 30 bilhões, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Mesmo com seu potencial, a negociação ainda depende de muitos fatores, incluindo as estratégias de mercado e o aval dos acionistas da Vale.
A Bamin ocupa uma posição estratégica como player global na produção e comercialização de minério de ferro, produzido no município baiano de Caetité, região sudoeste da Bahia. A Bamin oferece ao mercado internacional um minério diferenciado, de alta qualidade, avaliado em 2002 com o teor de ferro de 65,5% – 66%, o que o classifica na categoria premium, atendendo ao compromisso da descarbonização em escala mundial. O minério premium, na siderurgia, exige o uso de uma quantidade menor de carvão, emitindo menos CO2 no processo.
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