A produção industrial da Bahia caiu 1,6%, em setembro, frente ao mês anterior. O estado registrou resultado negativo, nessa comparação com ajuste sazonal, após ter tido crescimento de 0,7% na passagem entre julho e agosto. Por outro lado, na comparação com setembro de 2023, a produção se manteve em alta (7,6%), mostrando o quinto resultado positivo seguido, no comparativo com o mesmo mês do ano anterior. É o que mostram os resultados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
Nesse confronto, o desempenho da indústria baiana foi superior ao do país como um todo (3,4%) e o 3º melhor entre os 18 locais com resultados nessa comparação, abaixo apenas de Mato Grosso do Sul (12,6%) e Pernambuco (12%).
O resultado (7,6%) foi também o melhor para o estado, em um mês de setembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, em 11 anos, desde 2013, quando havia registrado um crescimento de 7,8%.
Dos 18 locais pesquisados, 14 registraram crescimento frente a setembro/23. Dentre os 4 que apresentaram retrações, as mais profundas foram as do Rio Grande do Norte (-21,0%), Rio de Janeiro (-4,5%) e Amazonas (-1,4%).
Com esses resultados, a indústria da Bahia acumula aumento de 3,1% na produção, entre janeiro e setembro de 2024, frente ao mesmo período do ano anterior. O indicador é idêntico ao registrado no país como um todo (3,1%) e o 11º crescimento entre os 18 locais, com 17 mostrando altas Nos 12 meses encerrados em setembro, a produção industrial baiana também cresce (4,0%), em um desempenho superior ao nacional (2,6%), sendo o 11º melhor resultado entre os 18 locais.
Refino de petróleo
A alta na produção industrial da Bahia frente a setembro/23 (7,6%) ocorreu por conta dos crescimentos, tanto da indústria de transformação (7,9%), que registrou resultado positivo pelo quinto mês seguido, quanto da indústria extrativa (2,5%), que voltou a ter alta após quatro meses de retração.
Das 10 atividades da indústria da transformação investigadas separadamente na Bahia, 8 registraram resultados positivos.
A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (11,6%), apesar de ter tido o quarto crescimento, foi, novamente, a que mais contribuiu para o resultado positivo da indústria baiana em geral.
A atividade, que cresceu pelo segundo mês seguido, tem o maior peso na estrutura da indústria do estado, respondendo por quase 1/3 do valor industrial gerado da Bahia. No acumulado nos nove meses de 2024, apresenta resultado positivo (5,2%).
A segunda principal influência positiva no mês veio da fabricação de produtos químicos (15,5%), que registrou o terceiro maior aumento entre as 10 atividades pesquisadas no estado. O segmento cresceu pelo quarto mês consecutivo.
A fabricação de produtos de borracha e de material plástico (17,2%) registrou a maior taxa de crescimento em setembro, porém tem um peso menor na composição da indústria baiana.
Por outro lado, entre as duas atividades em queda, a preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-11,4%) foi a que mais segurou o crescimento da indústria baiana no mês, registrando também a maior retração. O segmento cai seguidamente há cinco meses.
A fabricação de produtos alimentícios (-1,8%) também recuou em setembro, tendo tido, no mês, a quarta retração consecutiva.
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