Uma relação de proximidade frutífera entre a Bamin e aldeias tupinambás da costa de Olivença, em Ilhéus (BA), se materializa no projeto “Mangará”. A iniciativa da equipe de relacionamento com comunidades da Bamin no Porto Sul articula uma série de ações que já estão em desenvolvimento em 18 comunidades indígenas da região, a partir de três pilares: educação e formação profissional; segurança comunitária; e preservação ambiental. O título “Mangará”, que em tupi-guarani significa coração, é uma forma de nomear a conexão nascida entre a equipe Bamin e os povos indígenas de Ilhéus.
Caroline Azevedo, gerente geral de Meio Ambiente e Relacionamento com Comunidades da Bamin, explica que o objetivo do projeto Mangará é estabelecer uma parceria contínua com as comunidades Tupinambás do sul de Ilhéus, visando o seu desenvolvimento territorial e fortalecimento de sua presença na área.
“Por meio de um diagnóstico do território indígena Tupinambá, identificamos as necessidades mais urgentes para essas aldeias. Então, partimos para a estruturação de um projeto que contemple essas demandas passo a passo, em uma caminhada contínua e compartilhada de aprendizados e novos saberes”, detalha Caroline.
O histórico do projeto Mangará nasce em 2021, quando representantes das aldeias Tupinambás de Olivença solicitaram apoio na formação de uma brigada de incêndio para suas comunidades. A partir desse contato, a equipe Bamin expandiu a perspectiva da demanda para uma iniciativa estruturada com ações planejadas e que pensassem um trabalho articulado a longo prazo.
Em uma das edições da Jornada de Diálogos com Comunidades, em 2022, o escopo do projeto Mangará pôde ser apresentado para os caciques Tupinambás das aldeias de Olivença, com detalhamento das atividades prioritárias, cronograma e o alcance dentro das comunidades. Além disso, os representantes tiveram acesso a mais informações sobre o projeto de engenharia do Porto Sul e todos os programas sociais e ambientais que são desenvolvidos pela Bamin na região de Ilhéus.
Parcerias
A Bamin desenvolveu parcerias fundamentais para executar as ações das três frentes de trabalho do projeto com efetividade a partir de 2022, já recolhendo resultados e retornos positivos das comunidades do sul da costa de Ilhéus que participam das atividades.
No caso da Segurança Comunitária, o foco foi a formação e capacitação da Brigada Indígena Tupinambá. O escopo do trabalho está voltado à preparação para atuar em diversos cenários de perigo e de emergência, acidentais ou intencionais, tanto no salvamento com evacuação de pessoas quanto nos primeiros socorros. A Bamin esteve presente na transferência de conteúdo e na doação de equipamentos. A atividade conectou o setor interno de Saúde e Segurança Ocupacional da Bamin – Porto Sul e seus parceiros com o Corpo de Bombeiros do município de Ilhéus, que garante a certificação da formação da Brigada.
Na área de Preservação Ambiental, o orojeto atuou com a doação de sete mil mudas de espécies nativas cultivadas nos viveiros da Bamin para a recuperação das matas ciliares do rio Tororomba. A ação contou com a capacitação técnica dos jovens sobre o manejo e plantio das espécies doadas em Áreas de Proteção Permanente (APPs), além da sua função ecológica no regime das águas, do clima e da biodiversidade local.
Já no pilar Educação e Formação Profissional, a parceria entre a Bamin e o Senai levou um braço do projeto “Canteiro Escola” especialmente para a região de Olivença. Assim, jovens indígenas participaram de formação focada em administração e logística no curso de auxiliar administrativo. Assim, os 22 jovens que participaram da formação poderão se apropriar de novos conhecimentos para gerir de forma mais eficaz seus potenciais negócios: venda de artesanatos, apresentações turísticas, trilhas ecológicas, entre outros.
Caminhos
As ações desenvolvidas pelo projeto Mangará são um movimento em direção ao futuro, e expressam o potencial que a equipe da Bamin enxerga no constante diálogo com as comunidades Tupinambá da região da costa sul de Olivença. Caroline Azevedo acredita que a experiência vivenciada pela Bamin de compartilhamento de saberes com os indígenas Tupinambás durante este período foi de uma riqueza inestimável, e é a semente das próximas atividades.
“Para nós da Bamin, fica evidente que estamos todos conectados não apenas pelo fio de nossa ancestralidade, mas pelo sentimento comum que alimenta nosso apreço pela natureza, mãe de todos e de tudo, que faz bater na mesma frequência nossos mangarás!”, concluiu.
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