A produção industrial da Bahia, em janeiro, teve variação negativa 0,2% frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) Regional, do IBGE. Em relação a janeiro de 2022, a produção mostrou uum recuo ainda mais significativo (-10,3%). Isso a despeito de janeiro/23 ter tido um dia útil a mais que janeiro/22.
Foi a 3ª queda mais intensa entre os 18 locais investigados com resultados nessa comparação, menor apenas do que as verificadas em Mato Grosso (-14,6%) e no Rio Grande do Norte (-10,5%). No Brasil como um todo, a produção industrial teve variação positiva (0,3%), com altas em 7 dos 18 locais.
Apesar do desempenho negativo no primeiro mês do ano, nos 12 meses encerrados em janeiro/23, a produção industrial da Bahia sustentou crescimento acumulado de 1,7%, frente aos 12 meses imediatamente anteriores. Foi o 4o melhor resultado entre os 15 locais para os quais há dados desse indicador. No país como um todo, houve variação negativa (-0,2%).
Setores da indústria
O recuo na produção industrial da Bahia em janeiro/23 frente a janeiro/22 refletiu quedas tanto na indústria extrativa (-41,6%), quanto na indústria de transformação (-7,7%), que mostra retração mês a mês desde setembro de 2022. Houve quedas em 6 das 10 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado, na atualização da PIM-PF Regional.
A retração mais intensa ocorreu na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-20,1%), mas o principal impacto negativo no resultado geral da indústria baiana, no mês, veio do segmento de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis.
Com a segunda queda mais intensa (-16,5%) e o maior peso (33,9%) na estrutura industrial do estado, a produção de derivados de petróleo mostrou um quarto recuo mensal consecutivo. Ainda assim se mantém em alta e com o melhor resultado nos 12 meses encerrados em janeiro (18,3%).
Entre as atividades com aumento da produção em janeiro, os destaques foram para a fabricação de produtos alimentícios (10,3%) e a de bebidas (14,6%), que tiveram, respectivamente, os principais impactos positivos no resultado geral da indústria da Bahia, no mês.
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