A Bahia manteve a trajetória positiva do mercado de trabalho em julho, registrando a criação de 9.436 empregos com carteira assinada, segundo dados do Caged. Foi o sétimo mês consecutivo de saldo positivo, consolidando um ciclo consistente de geração de postos formais no estado. O estoque de vínculos celetistas chegou a 2,2 milhões, alta de 0,43% sobre junho. O destaque veio da indústria e da construção, que juntas responderam por mais da metade das vagas do mês. Os dois setores abriram 4.842 novos postos de trabalho, superando até mesmo o setor de serviços, tradicionalmente o maior empregador, que somou 3.314 vagas.
Na indústria de transformação, foram criados 2.427 empregos, impulsionados principalmente pelo segmento de preparação de couros e fabricação de calçados, que sozinho respondeu por 1.143 postos. Também tiveram peso a indústria de petróleo e biocombustíveis, com 223 novas oportunidades, além de outros ramos industriais que seguem em expansão.
A construção civil também mostrou vitalidade em julho, somando 2.309 empregos. A maior contribuição veio da construção de edifícios (+1.090), seguida das obras de infraestrutura (+937) e dos serviços especializados para a construção (+282). O resultado reflete tanto o aquecimento do setor imobiliário quanto os investimentos em projetos estruturantes.

Comércio
O comércio (+651) e a agropecuária (+629) também contribuíram, mas em menor escala, confirmando que a força motriz do mercado de trabalho baiano no mês esteve concentrada na indústria e na construção.
No acumulado de janeiro a julho, a Bahia abriu 77.331 vagas formais, crescimento de 3,62% sobre o estoque do início do ano. O número é superior ao mesmo período de 2024, quando foram criados 66.106 empregos. Para Luiz Fernando Lobo, da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o desempenho reforça a resiliência do mercado de trabalho em 2025: “A geração de postos de trabalho com registro em carteira continua surpreendendo, com resultados acima dos verificados no ano passado”, avalia.
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