A produção industrial da Bahia voltou a registrar, em maio, queda (-3,7%), após dois meses consecutivos de resultados positivos, nessa comparação com ajuste sazonal, que exclui possíveis influências de calendário e eventos que se repetem anualmente e podem interferir no desempenho da indústria. Na comparação com maio de 2024, a produção industrial da Bahia também teve importante queda (-7,3%), após dois meses de crescimento. O resultado foi o pior para um mês de maio em quatro anos, desde 2021 (-18,6%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
O desempenho da indústria baiana, neste comparativo, ficou bem abaixo do país como um todo (onde houve crescimento de 3,3%) e foi a 3ª queda mais intensa dentre os 18 locais com resultados nessa comparação, atrás de Rio Grande do Norte (-16,2%) e Mato Grosso (-11,5%). Por outro lado, 11 locais tiveram altas na produção industrial frente a maio de 2024, liderados por Rio Grande do Sul (29,1%), Espírito Santo (23,9%) e Paraná (8,9%).
Apesar dos resultados do mês, a indústria da Bahia ainda acumula alta de 0,6% na produção, entre janeiro e maio de 2025, frente ao mesmo período do ano anterior. Fica, porém, abaixo do país como um todo (1,8%) e tem o 8º melhor desempenho entre os 18 locais, 9 deles mostrando altas nesse acumulado.
Nos 12 meses encerrados em maio, a produção industrial baiana também continua aumentando (1,9%), chegando à sua 13ª alta acumulada consecutiva (avança seguidamente desde maio de 2024). O índice passou, porém, a ficar abaixo do nacional (2,8%) e é o 9º entre os 18 locais pesquisados, 12 dos quais avançam.
Indústria de transformação
A forte queda da produção industrial da Bahia frente a maio/24 (-7,3%) foi consequência do recuo registrado exclusivamente na indústria de transformação (-7,7%), visto que a produção da indústria extrativa voltou a registrar leve crescimento (0,6%) após sete retrações consecutivas. Dentre as 10 atividades da transformação investigadas separadamente no estado, 7 tiveram redução de produção no mês.
Apesar de ter tido apenas a quinta maior queda, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-7,7%) deu a principal contribuição negativa para o resultado geral do setor, no estado. Isso ocorre porque o segmento tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia.
O refino de petróleo teve o seu primeiro resultado negativo, após cinco meses em alta, e ainda apresenta crescimento no acumulado no ano de 2025 (7,5%).
O segundo principal impacto negativo veio da fabricação de produtos químicos, que caiu pelo quinto mês consecutivo, mostrando a segunda maior retração no mês (-14,7%).
Borracha e de material plástico
A maior queda de produção em maio, na Bahia, veio da fabricação de produtos de borracha e de material plástico (-16,0%), que possui um peso menor na composição do setor industrial baiano.
Por outro lado, entre as três atividades com resultados positivos, a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos registrou o maior crescimento (43,3%) e deu a principal contribuição para segurar a queda geral da indústria baiana em maio. O segmento cresce seguidamente há 14 meses, desde abril de 2024.
As outras atividades da indústria baiana a registrar resultados positivos, em maio, foram a metalurgia (3,8%) e a fabricação de produtos de minerais não metálicos (3,9%).
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