A indústria calçadista da Bahia voltou a dar passos largos em 2025. Apenas no primeiro quadrimestre do ano, o setor criou 1.884 vagas formais de trabalho, um desempenho expressivo frente ao mesmo período de 2024, quando houve perda de 114 postos. O resultado também supera com folga o saldo positivo de 1.091 vagas registrado em 2023.
Hoje, o setor emprega 42.757 pessoas no estado – 1.836 a mais do que nos quatro primeiros meses do ano passado. Trata-se do terceiro maior contingente do país, atrás apenas do Rio Grande do Sul (82.547) e Ceará (69.411), o que reforça a posição da Bahia como um polo estratégico para a indústria de calçados no Brasil.
Os dados, divulgados pela Abicalçados com base em informações do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que a recuperação do setor é nacional. No total, a indústria calçadista brasileira abriu 10.220 postos no quadrimestre, encerrando abril com 292,4 mil empregos diretos, num um crescimento de 3,34% em relação ao ano anterior.
Para o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, o bom momento é consequência do aumento na produção, que deve crescer entre 1,4% e 2,2% neste ano, alcançando mais de 940 milhões de pares. “A indústria calçadista, por ser intensiva em mão de obra, responde muito rapidamente ao aumento da demanda”, explica.
Rio Grande do Sul
Enquanto o Rio Grande do Sul lidera em número absoluto de empregos, com leve retração de 4,2% no período, a Bahia se destaca pelo ritmo de crescimento. O aumento de 4,5% no estoque de empregos no estado é superior ao registrado por São Paulo (1,8%) e competitivo até mesmo frente ao avanço do Ceará (7,1%).
Em um cenário de retomada da atividade industrial, o desempenho da Bahia mostra fôlego e potencial de expansão. Um sinal claro de que, quando a demanda cresce, o calçado baiano entra firme na disputa pelo mercado, com emprego, renda e dinamismo para a economia local.
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