A Irani Papel e Embalagem S.A. (RANI3), uma das principais indústrias de papel e embalagens sustentáveis do Brasil e a única listada na bolsa brasileira no segmento de embalagens, registrou receita líquida de R$423 milhões no 1T25, aumento de 16,7% comparado ao mesmo período do ano passado. O resultado positivo se deve ao aumento do volume de vendas e à recuperação de preços nos segmentos de Embalagens Sustentáveis e Papel para Embalagens Sustentáveis. Esses números já levam em conta o ajuste dos períodos anteriores com a exclusão da operação de resina, descontinuada nesse primeiro trimestre.
“Diante do forte aumento de custo das aparas nos últimos doze meses, a Irani está em uma tendência de repasses de preços para recompor as margens. Nosso resultado também foi impactado positivamente pelo aumento do volume de vendas de embalagens, que cresceu 5,1% em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, enquanto o mercado apresentou queda de 0,7% no período, graças aos investimentos do projeto Gaia II, que expandiu nossa capacidade produtiva”, afirma o diretor de Administração, Finanças e de Relações com Investidores da Irani, Odivan Cargnin.
A companhia também registrou aumento de 8,3% nas vendas no segmento de Papel para Embalagens Sustentáveis em relação ao 1T24 – e de 12,4% em relação ao 4T24. Segundo o executivo, reflexo do mercado mais aquecido e dos investimentos em expansão.
Em relação ao encerramento das atividades da fábrica de destilação de goma resina em Balneário Pinhal/RS no 1T25, o executivo afirma que é um movimento que reflete o compromisso da Irani com a otimização de suas operações, melhor rentabilização de seus ativos e maior geração de valor para os acionistas. “Reforçamos nosso posicionamento como o único player focado em embalagens sustentáveis da B3”, destaca Cargnin.
Ebitda Ajustado
O Ebitda Ajustado no 1T25 foi de R$136,3 milhões, com margem de 32,2%, incremento de 14,8% em relação ao valor registrado no 4T24 (R$118,7 milhões com margem de 29,1%). Comparado ao 1T24 (R$119,8 milhões com margem de 33,1%), o aumento foi de 13,7%. “A melhora do Ebitda Ajustado da operação continuada está associada ao aumento das receitas em função de maiores volumes de produção e vendas e melhores preços praticados no 1T25”, reforça Cargnin.
O executivo destaca ainda a relação dívida líquida/Ebitda Ajustado, de 2,21 vezes no encerramento do 1T25, está dentro de patamares saudáveis para a companhia, que vem de grandes investimentos recentes. Além disso, 92% da dívida tem perfil de longo prazo, 99% em moeda local, e o trimestre foi encerrado com R$667,1 milhões em caixa. “A Irani segue focada em gerar valor aos seus acionistas de maneira saudável e sustentável”.
O lucro líquido do 1T25 foi de R$60,8 milhões, 36,8% maior que o resultado do 1T24 (R$44,5 milhões). Em comparação ao 4T24, desconsiderado o efeito não recorrente de um crédito tributário de R$168,2 milhões, o resultado foi 181,6% superior.
A companhia avança no seu terceiro Programa de Recompra. No 1T25, foram recompradas 1.835.600 ações a um preço médio de R$ 7,07. Desde o início do primeiro programa em 2021, foram mais de 22 milhões de ações, 8,9% do quadro acionário. A estratégia visa potencializar a criação de valor aos acionistas no longo prazo.
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