A JMG Alimentos – empresa com sede no estado de Goiás e que atua na moagem de trigo, produção de macarrão, biscoitos e misturas – tem projetos de expansão robustos para a região Nordeste do país. Na última sexta-feira, executivos da empresa estiveram em Ilhéus discutindo a possibilidade de reativação do moinho de trigo do Porto do Malhado. Segundo Márcio Leon, presidente da empresa, a ideia investir inicialmente cerca de R$150 milhões, com previsão de gerar 250 empregos diretos e até mil empregos indiretos.
A implantação do projeto deve ser realizada em três etapas, sendo a primeira, a reativação do moinho, seguida pela industrialização de biscoito e mistura para bolo, e a terceira, a implantação do moinho de trigo no Porto Sul.
Os executvos JMG Alimentos foram recebidos pelo prefeito Mário Alexandre. Durante o encontro, eles conheceram o processo de construção do complexo portuário e a relevância socioeconômica da obra, não apenas para a região, mas para todo o país, principalmente contando com o funcionamento da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que vai cruzar a Bahia e se tornar uma importante via de escoamento de produção de grãos e minérios.
O prefeito Mário Alexandre destacou a importância da parceria, evidenciando a geração de emprego e valorização do setor imobiliário. Para Márcio Leon, “o Porto Sul será uma revolução gigantesca na logística do Brasil”, afirmou.
A deputada estadual Soane Galvão também se colocou à disposição para a viabilização da parceria, lembrando que a reativação do Moinho de Trigo “é uma busca da sociedade, já que gera um produto base para as políticas de segurança alimentar, tanto para a população local, quanto para outras localidades”.
A reunião contou ainda com a presença representantes da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), Gilberto Oliveira e o atual diretor, Maurício Galvão, que deu todo suporte técnico para a discussão, explicando sobre a atual situação e a importância da reativação do moinho para a cidade e toda a região sul do estado.
Sergipe
Os executivos da JMG Alimentos também estiveram na semana passada em Sergipe. Eles foram recebidos pelo governador Fábio Mitidier quando discutiram a aquisição do Moinho Motrisa (antiga Sarandi Alimentos), no bairro Industrial. O projeto prevê a geração de 200 empregos.
“Estamos entusiasmados para recebê-los em nosso estado. Sem dúvidas, a chegada da empresa em Sergipe vai impulsionar a produção e o desenvolvimento socioeconômico da nossa população”, disse o governador.
Márcio Leon explicou o que motivou a empresa a se fixar em Sergipe. “Nós vemos a possibilidade de expandir a produção aqui no estado, além disso, enxergamos um mercado pujante”, analisou. Segundo Márcio, a empresa segue em expansão nacional e, dentro desse plano, Sergipe se encaixa bem.
Unidades industriais
Com duas unidades industriais no estado de Goiás (Goiânia e Luiziânia), além de várias filiais espalhadas pelo Brasil, a JMG Alimentos atua em praticamente todo o território nacional, com foco no Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Além de atuar na moagem de trigo, produção de macarrão, biscoitos e misturas para bolo, o grupo trabalha no segmento da pecuária e agricultura. De acordo com a empresa, todos os processos industriais não geram resíduos ambientais, de forma a evitar a poluição do ar, água e solo.
A empresa tem em seu portfólio as marcas Davovó, Emegê, Araguaia, Aliança, Reimassas e Centro Oeste.
A produção ultrapassa 20 mil toneladas de moagem de trigo por mês, além de duas mil toneladas de macarrão, 800 toneladas de biscoito e 400 toneladas de mistura para bolo.
Leia também: Banco Central se rende à realidade