A produção industrial da Bahia recuou 2,4%, em maio, frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE, divulgada na manhã desta quinta-feira (13/7). Em relação a igua período de 2022,o setor no estado também apresentou queda (-3,3%), interrompendo dois meses seguidos de variações positivas (0,9% em março e 0,5% em abril) e mostrando um resultado bem abaixo do verificado no Brasil como um todo (1,9%).
Dentre os 18 locais investigados com resultados nessa comparação interanual, 6 tiveram queda de produção na indústria. Maranhão (-9,6%), Ceará (-8,1%) e Santa Catarina (-4,4%) ficaram com índices inferiores ao da Bahia. Já Pará (29,6%), Amazonas (7,6%) e Pernambuco (6,3%) tiveram as altas mais significativas.
Os resultados negativos sustentaram as quedas da produção industrial baiana tanto no acumulado nos cinco primeiros meses de 2023 (-3,7%), quanto nos 12 meses encerrados em maio (-3,1%). Em ambos os casos, a Bahia tem taxas inferiores às do Brasil como um todo (-0,4% e 0,0%, respectivamente).
Atividades da indústria
O recuo na produção industrial da Bahia em maio/23 frente a maio/22 ocorreu por conta de quedas tanto na indústria extrativa (-18,1%, a 13ª retração mensal consecutiva) quanto na indústria de transformação (-2,2%), que voltou a se retrair após duas altas seguidas.
A produção caiu em 8 das 10 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado. Mostraram avanços apenas a fabricação de produtos alimentícios (16,8% e 6º crescimento mensal consecutivo) e a preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (22,1%, 3ª alta seguida).
Por sua vez, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-6,1%) teve o quarto maior recuo no mês e exerceu o principal impacto negativo no resultado geral da indústria baiana em maio.
Com o maior peso na estrutura industrial do estado (33,9%), a produção de derivados de petróleo caiu, em maio, após dois meses em alta, nos quais havia sido a que mais tinha puxado a indústria baiana para cima.
A segunda maior contribuição para a queda da produção industrial no estado, em maio, veio da fabricação de produtos químicos (-5,6%), que tem também o segundo maior peso na estrutura do setor na Bahia e mostrou o terceiro recuo mensal consecutivo.
Leia também: CNI diz que economia poderá crescer 2,1%