A Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) somou, em janeiro de 2023, R$1,1 bilhão, o que representa um crescimento de 67,9% em comparação ao mesmo período de 2022. Os dados são do último sumário mineral divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Ainda de acordo com o documento, o ouro respondeu, no mês passado, por 25% da produção mineração do estado. Na sequência, aparecem o níquel (19%), cobre (19%) e o ferro (13%).
Dentre os municípios que lideraram, em janeiro, a produção mineral comercializada da Bahia, destacam-se Itagibá, com 28% do total produzido, Jacobina (15%), Jaguarari (12%) e Juazeiro (6%) .
Para o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, a mineração é de grande importância para as dezenas de municípios baianos.
“A mineração tem papel fundamental para o crescimento do estado. As cidades onde estão situadas as empresas são beneficiadas tanto com o dinheiro da CFEM que retorna para o município, quanto pelos empregos gerados, que normalmente pagam três vezes a mais do que em outros setores, beneficiando toda a economia da região”, declara.
Malha ferroviária
Os números evidenciam um crescimento significativo da mineração baiana nos últimos anos, mas, conforme o presidente da CBPM, os resultados poderiam ser mais expressivos se a Bahia já tivesse uma malha ferroviária mais eficiente.
No início deste mês, a CBPM, em parceria com Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), realizaram a apresentação do estudo do Plano Estratégico Ferroviário da Bahia, realizado pela Fundação Dom Cabral (FDC). O estudo, que apresentou o potencial de demanda por ferrovias no Estado da Bahia e como o estado pode acabar com o seu isolamento logístico, já é pauta de discussão do governo do Estado, alcançando também as esferas federais.
“O estudo comprova o potencial ferroviário da Bahia. O Estado precisa sair desse isolamento logístico. Somos o terceiro maior produtor de minérios do país e podemos ter resultados melhores, mas para isso, precisamos de um trem que funcione, para aumentar a competitividade dos nossos produtos e consequentemente gerar mais emprego e renda”, comenta Tramm.
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