A confiança avançou em 21 de 29 setores consultados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em fevereiro de 2023 em relação a janeiro deste ano. Com esse movimento, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) por setor passou a ser positivo em 19 de 29 setores. O indicador de fevereiro mostra confiança em quatro regiões do Brasil, a exceção das indústrias do Sul, e ficou positivo entre as grandes empresas. O indicador segue negativo para pequenas e médias empresas. Foram consultadas 1.979 empresas entre 1º e 9 de fevereiro.
Os setores mais confiantes são: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (60,4 pontos), produtos de limpeza, perfume e higiene pessoal (57,1 pontos), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (53,5 pontos) e extração de materiais não-metálicos (53,3 pontos). Entre os setores pessimistas estão: produtos de madeira (43,3 pontos), produtos de minerais não-metálicos (45 pontos), confecção de artigos do vestuário e acessórios (46,4 pontos) e móveis (47 pontos).
O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que a alta da confiança foi puxada por expectativas mais otimistas em relação aos próximos seis meses. O ICEI é formado por dois indicadores, um que trata dos próximos seis meses e outro que avalia as condições atuais frente aos seis meses anteriores.
“O Índice de Expectativas aponta que 22 de 29 setores estão otimistas com relação aos próximos seis meses. Há uma reflexão disseminada de que a empresa estará melhor no futuro; no entanto, os dados mostram que ainda não foi possível recuperar a queda de confiança ocorrida nos últimos três meses”, explica o economista.
Apesar da disposição do empresário em projetar um futuro melhor, a avaliação sobre a situação atual ainda é negativa. O Índice de Condições Atuais mostra que 27 de 29 setores avaliam que as condições atuais são piores do que as observadas nos últimos seis meses.
Região Sudeste
A confiança do setor industrial avançou em todas as regiões do Brasil em fevereiro. As principais altas ocorreram nas regiões Sudeste, que passou de 47,7 pontos para 50,3 pontos, e no Norte, onde o ICEI subiu de 51,7 pontos para 54,2 pontos. O indicador varia de 0 a 100, com um corte em 50 pontos, dados acima indicam confiança e abaixo desconfiança. Ao cruzar a linha divisória, o Sudeste migrou para um estado de confiança.
As regiões Centro-Oeste, com 52,1 pontos, e Nordeste, com 54,4 pontos, seguem confiantes. Apenas as indústrias da região Sul, que tiveram alta de 0,3 ponto e chegaram em fevereiro com 46,3 pontos, se mostram pessimistas.
A confiança avançou em indústrias de todos os portes em fevereiro, pequenas, médias e grandes empresas. No entanto, o único avanço capaz de levar a mudança de quadro, de desconfiança para confiança, ocorreu entre as grandes empresas, aquelas com mais de 250 funcionários. Entre elas, o ICEI passou de 49,7 pontos para 52 pontos. No caso das pequenas, o indicador subiu de 48,8 pontos para 49,6 pontos e, nas médias, de 48,6 pontos para 49,7 pontos. Os dois últimos portes, com índices abaixo dos 50 pontos, estão sem confiança.
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