A produção industrial da Bahia encolheu. Em setembro, o setor teve queda de 1,3% frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE, divulgada na manhã desta terça-feira (8). Foi a terceira retração consecutiva nesse confronto, porém menos intensa do que as duas anteriores (-7% entre junho e julho e -2,9% entre julho e agosto). Além de ter recuado frente ao mês imediatamente anterior, a produção industrial também teve retração frente a setembro de 20221: -3%. Foi o primeiro resultado negativo do indicador após seis meses entre crescimentos e estabilidade.
O resultado da Bahia foi o 6º pior do país, ficando abaixo do nacional, onde houve variação positiva (0,4%). Dos 15 locais pesquisados, 8 apresentaram crescimentos, sendo os maiores em Mato Grosso (37,5%), Amazonas (13,7%) e Rio Grande do Sul (4,7%). As quedas mais intensas ficaram com Espírito Santo (-14,7%), Pará (-13,4%) e Paraná (-8,0%).
No acumulado nos nove primeiros meses de 2022, frente ao mesmo período do ano anterior, a Bahia é um dos sete locais com resultados positivos na indústria, tendo o 2º maior aumento de produção do país (5,6%), atrás apenas do registrado em Mato Grosso (25,7%). O país como um todo apresenta queda (-1,1%).
Nos 12 meses encerrados em setembro, a indústria baiana apresentou o seu primeiro resultado positivo (0,6%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores, desde maio de 2019. No Brasil como um todo, a produção industrial também cai nessa comparação (-2,3%), com resultados negativos em 9 dos 15 locais.
Setores
A queda da produção industrial da Bahia em setembro/22 frente a setembro/21 se deu por conta do recuo registrado na indústria de transformação (-3,3%), que teve a sua primeira retração após seis meses seguidos de crescimento. Por outro lado, a indústria extrativa apresentou o seu primeiro resultado positivo (2,2%), após oito meses entre quedas e estabilidade.
A produção caiu em sete das 11 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente na Bahia. A fabricação de produtos alimentícios (-17,7%) registrou a retração mais representativa para o resultado negativo do estado de uma forma geral, seguida pela metalurgia (-34,4%), que teve a queda mais intensa.
Este foi o sexto recuo seguido da indústria alimentícia baiana, que também apresenta retração acumulada no ano de 2022 (-10%). Já a produção da metalurgia cai seguidamente há 13 meses na Bahia e acumula o pior resultado no ano (-39,5%).
Petróleo
Por outro lado, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (4,5%) foi quem mais ajudou a segurar a queda geral da produção industrial do estado em setembro, seguida pela fabricação de produtos de minerais não metálicos (6,5%).
O segmento de derivados do petróleo tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia e há mais de um ano (13 meses) tem resultados positivos consecutivos. Já a produção de minerais não metálicos cresce seguidamente há 6 meses.
Porém, o maior crescimento de produção foi registrado pela fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (111,4%), que tem um peso menor na estrutura industrial baiana.
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