A Brava Energia informou, na manhã desta segunda-feira, que foi concluída, a auditoria realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nos ativos da empresa na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. A ANP, por meio da Superintendência de Segurança Operacional (SSO), determinou a interdição temporária de um conjunto de instalações que já haviam sido paralisadas durante o processo de auditoria para realização de adequações.
O impacto causado pela interdição está estimado em 3.500 barris de óleo equivalente por dia (boe/d) na média do mês de outubro de 2025, o equivalente a 3,8% da produção média total registrada no terceiro trimestre de 2025.
Em fato relevante, a Brava disse que está mobilizada para executar, de forma segura e célere, a implementação de todas as adequações solicitadas pela ANP, de modo a melhorar as condições das suas instalações e possibilitar a retomada gradual das operações nos ativos interditados, com expectativa de concluir esses trabalhos ao longo do quarto trimestre de 2025.
“A companhia reforçou ainda o compromisso de atender as exigências legais, dos órgãos reguladores e fiscalizadores, e de primorar continuamente o seu processo de gestão para atingir padrões cada vez mais elevados de segurança e eficiência e manterá seus investidores e o mercado em geral devidamente informados, em linha com as melhores práticas de governança corporativa e em estrita conformidade com a legislação em vigor”, disse a empresa no fato relevante assinado por Rodrigo Pizarro, diretor Financeiro e de Relações com Investidores.
Os ativos
O complexo reúne os campos de óleo e gás natural em terra na Bacia Potiguar, conectados, em sua maior parte, por ampla infraestrutura de dutos de escoamento. Os principais campos deste complexo são: Macau, Canto do Amaro, Alto do Rodrigues, Estreito, Salina Cristal e Fazenda Pocinho.
Análise
Os analistas da XP investimentos estimam um impacto potencial no fluxo de caixa livre de até cerca de U$8 milhões por mês (aproximadamente 0,5% do valor de mercado) para cada 5kbpd de produção interrompida por 30 dias. A Brava estima uma redução de 3.5kboed na produção média para outubro. “Assim, assumindo um trimestre completo de paralisação, acreditamos que o impacto não excederia 1.5% do valor de mercado, o que não é material”, afirmam os analistas Regis Cardoso e Joao Rodrigues.
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