A produção industrial da Bahia avançou 1,6% em março frente a fevereiro, retomando, assim, os resultados positivos nessa comparação com ajuste sazonal, que exclui possíveis influências de calendário e eventos que se repetem anualmente e podem interferir no desempenho da indústria. Na comparação com março de 2024, a produção industrial também aumentou (3,9%), voltando a crescer, após a redução de fevereiro (-1,5%). É o que mostram os resultados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
Foi um desempenho melhor do que o do país como um todo (onde a indústria cresceu 3,1%) e o 5º maior avanço entre os 18 locais que têm resultados nessa comparação. Dentre eles, 11 tiveram altas na produção industrial, liderados por Paraná (15,1%), Santa Catarina (9,3%) e Pará (9,1%).
Com os resultados de março, a indústria da Bahia acumula alta de 2,4% na produção, no primeiro trimestre de 2025, frente ao mesmo período do ano anterior. Fica acima do país como um todo (1,9%) e é o 4º melhor desempenho entre os 18 locais, 8 deles mostrando altas nesse acumulado.
Nos 12 meses encerrados em março, a produção industrial baiana também continua aumentando (2,5%), chegando à sua 11ª alta acumulada consecutiva. O índice segue, porém, abaixo do nacional (3,1%) e é apenas o 8º entre os 18 locais pesquisados, 14 dos quais avançam.
Atividades
O avanço da produção industrial da Bahia frente a março/24 (3,9%) foi consequência de alta registrada exclusivamente na indústria de transformação (5,2%), visto que a produção da indústria extrativa apresentou sua sexta queda consecutiva (-17,3%). Dentre as 10 atividades da transformação investigadas separadamente no estado, 6 tiveram crescimento de produção no mês.
A fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (36,3%) teve o maior crescimento dentre as atividades pelo 6º mês consecutivo e o 12º resultado positivo seguido. Também apresenta o maior aumento de produção no primeiro trimestre (33,4%).
Mas a maior contribuição para o resultado positivo da indústria baiana, em março, veio do segmento de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, que teve o segundo maior crescimento de produção (14,0%), mas é o segmento com maior peso na estrutura industrial do estado.
A atividade de refino de petróleo tem resultados positivos seguidos há quatro meses e acumula alta de 10,9% entre janeiro a março.
Por outro lado, com a maior queda, a fabricação de produtos químicos (-11,3%) foi a principal influência de baixa na produção industrial da Bahia, em março. Com resultados negativos em todos os meses de 2025, o segmento acumula a maior retração no primeiro trimestre do ano (-7,0%).
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