A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis para embalagens e soluções sustentáveis em embalagens de papel do Brasil, realizou, nesta quinta-feira (21/9), a cerimônia de inauguração do Puma II, projeto que marcou a expansão da Unidade Puma, em Ortigueira (PR). Este é o maior investimento da história da companhia e o maior investimento privado já feito no Estado do Paraná. Com aporte de R$12,9 bilhões para a instalação de duas novas máquinas de papel, a MP27 e a MP28, ambas em operação e com capacidade produtiva total de 910 mil toneladas de papéis por ano, o Puma II reforça o modelo de negócio integrado, diversificado e flexível da empresa.
Anunciado em 2019, o Projeto Puma II integra o maior ciclo de crescimento da Klabin em seus 124 anos de história. A primeira fase, concluída em agosto de 2021, considerou a construção e a partida da Máquina de Papel 27 (MP27), que fabrica o inovador Eukaliner, primeiro papel kraftliner do mundo feito 100% com fibra de eucalipto.
Dois anos depois, em junho deste ano, houve o startup da Máquina de Papel 28 (MP28), segunda do projeto e que tem foco na produção de papel-cartão, consolidando a posição da Klabin como uma das principais empresas globais no segmento. O equipamento também simboliza a estreia da Klabin no mercado de papel-cartão branco, reforçando a expansão de seu portfólio de produtos. Juntas, as duas máquinas elevam a capacidade de produção anual da Klabin para 4,7 milhões de toneladas de papel e celulose.
“Concebido há mais de dez anos, com a construção da Unidade Puma, entre 2013 e 2016, a conclusão do Projeto Puma II marca uma nova década de crescimento da Klabin. Aumentamos expressivamente a nossa capacidade de produção, ingressamos em novos mercados e empregamos tecnologia de ponta para elevar a qualidade de nossos produtos e alavancar o desenvolvimento sustentável da companhia”, ressalta Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos da Klabin.
Regionalmente, as duas fases das obras do Projeto Puma II geraram mais de 33 mil empregos, diretos e indiretos. Além de estimular as empresas parceiras a contratarem trabalhadores locais, a Klabin também valorizou a mão de obra investindo em formação técnica nas comunidades de Ortigueira e Telêmaco Borba, no Paraná.
Diferenciais
A Unidade Puma recebeu, entre 2013 e 2023, os maiores investimentos da história da Klabin, adicionando 2,5 milhões de toneladas anuais no volume total de produção da Companhia. Para o Puma II, a empresa investiu em uma série de iniciativas que utilizam a inovação como alavanca de sustentabilidade, como o projeto da Planta de Gaseificação de Biomassa, que permite que um dos fornos de cal da fábrica opere 100% livre de combustível fóssil, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa.
Neste sentido, atualmente, 98% dos resíduos gerados na operação do Puma II já são reaproveitados. Como exemplo de sucesso, é possível citar a inovadora Planta de Sulfato de Potássio, que, por meio do tratamento de cinzas geradas na Caldeira de Recuperação, obtém a substância – utilizada na formulação de fertilizantes. Este é um processo inédito no mercado, que tornará a Klabin autossuficiente no insumo.
Em termos de reaproveitamento de resíduos, importantes ações estão em operação, como a Planta de Ácido Sulfúrico, que processa resíduos industriais para produzir o insumo, tornando a Unidade Puma autossuficiente; e uma iniciativa de uso do óleo gerado das resinas extraídas após o cozimento de pínus, o Tall Oil, como biocombustível nos fornos de cal.
Hoje, a unidade tem 96% de combustíveis renováveis na sua matriz energética. Também há uma planta de Secagem de Lodo, responsável por processar lodos biológico e terciário gerados nas Estações de Tratamento de Efluentes da fábrica. Este será o primeiro sistema do mundo a secar lodo gerado no tratamento terciário de efluentes, com capacidade de até 17 mil toneladas/mês. O lodo seco poderá ser misturado à biomassa para se tornar combustível para as Caldeiras de Força.
Alinhado aos princípios da indústria 4.0, o Puma II fortalece a integração da cadeia produtiva da Klabin e foi idealizado para se tornar referência mundial em sustentabilidade, tecnologia e inovação. Além disso, diversas iniciativas fomentam a circularidade nos processos produtivos, avançando em direção à Agenda 2030 da ONU e às metas definidas nos KODS – Objetivos Klabin para o Desenvolvimento Sustentável, que tem entre os compromissos a otimização máxima dos recursos, reinserindo resíduos nos sistemas produtivos.
“O Puma II representa um avanço significativo para a indústria de papel e celulose, que busca processos cada vez mais sustentáveis, circulares e eficientes. Estamos orgulhosos por inaugurar oficialmente este Complexo após a fase de expansão. O Projeto é fruto da crença de buscarmos fazer deste um mundo melhor, baseado no potencial do mercado de embalagens renováveis e no trabalho dos nossos colaboradores, clientes e fornecedores, e que tem sido transformador para toda a região, com a geração de renda, postos de trabalho e evolução social”, comenta Razzolini.
Logística no Paraná
Em paralelo ao desenvolvimento do Projeto Puma II, a Klabin montou uma robusta operação logística, a fim de facilitar o escoamento da produção para exportação. Ao lado da fábrica de Ortigueira, foi construído um Terminal de Contêineres, para os modais rodoviário e ferroviário, com capacidade de levar 125 mil toneladas de celulose e papel em contêineres por mês até o Porto de Paranaguá, no Paraná.
Além disso, a companhia também iniciou a operação no Terminal Portuário Klabin (PAR-01), localizado no cais comercial do Porto de Paranaguá. Com capacidade de receber um milhão de toneladas de celulose e papel por ano, o PAR-01 faz parte do pacote de investimento em logística feito pela companhia no Estado nos últimos anos. A operação consolida a estratégia logística da Klabin no Paraná, trazendo ainda mais competitividade, flexibilidade e sustentabilidade e garante uma excelente logística entre floresta, fábrica e porto. Com a conclusão da segunda fase do Puma II, a Klabin estima movimentar 2,2 milhões de toneladas de papel e celulose por ano via Paranaguá.
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