A Papirus, uma das principais fabricantes de papelcartão do País, deu novos passos e avançou em seu plano de investimento de R$30 milhões anunciado em 2021 para modernizar e ampliar sua capacidade produtiva. Nos últimos meses, a empresa instalou novos equipamentos e promoveu intervenções em diversas áreas da fábrica, com o objetivo de agregar mais agilidade, eficiência e qualidade aos seus processos.
Entre as ações, a Papirus concluiu o investimento de cerca de R$1,5 milhão para a aquisição e instalação de uma nova caldeira a gás natural, que aumentou significativamente sua capacidade de produção de vapor, e está garantindo um abastecimento ainda mais seguro e confiável.
José Cláudio Moreira, gerente industrial da Papirus explica que além da caldeira de biomassa, principal fonte de energia da fábrica, e da caldeira reserva de gás natural, a empresa dispõe agora de uma segunda caldeira reserva de gás natural, com capacidade para 15 ton/h. “Temos agora uma capacidade total de 39 ton/h de vapor”, conta.
Outra melhoria significativa em andamento é a construção de duas torres de 600m³ cada uma, para armazenamento de massa e água branca da linha do miolo. Essas torres trarão mais estabilidade em todo o processo de preparação de massa e melhores condições para retirada do refugo (quebra do papel) da máquina, além de permitir um volume de armazenamento maior. A empresa também instalará dois novos hydrapulpers para recolher e desagregar o material em caso de ocorrências na máquina.
Novos equipamentos
Já entre os novos equipamentos instalados, e que representaram um investimento de cerca de R$4 milhões, está a nova embaladeira de bobinas para atender à crescente demanda do mercado interno e externo. Com essa nova máquina, a empresa passa a embalar bobinas de até 1,80 metros e até 2.500 kg, o que representa um avanço significativo em sua capacidade de produção. O equipamento se soma à máquina anterior, com capacidade para embalar boninas de até 1,50 metros e 1400 kg.
Outra novidade é cortadeira sincronizada com melhor qualidade de corte, que agregou um ganho de 8% de produtividade. “Os novos equipamentos trouxeram mais eficiência para nossa operação, tornando a empresa ainda mais competitiva”, afirma Laudo Tognetta, gerente de Acabamento da Papirus.
Em termos gerenciais, a Papirus está adotando o sistema Greycon de planejamento e controle de produção. Rodrigo Giordano D’Arcadia, gerente de Supply Chain e Logística da Papirus, explica que o sistema está em fase de ajustes de métricas para a realidade da indústria de papelcartão.
“Nossa expectativa é termos mais agilidade na geração de dados e nas tomadas de decisão em relação ao planejamento e controle de produção. Além disso, os benefícios serão sentidos no pós-venda, já que a equipe comercial terá informações atualizadas sobre o momento em que o pedido ficará pronto, o que também auxiliará na expedição e na programação de transporte”, diz.
A Papirus planeja ainda uma parada programada no segundo semestre deste ano para realizar melhorias em sua máquina de papel. Entre as intervenções previstas está a instalação de uma nova caixa de entrada do miolo, que proporcionará mais estabilidade e qualidade na produção de papelcartão, além de aumentar a capacidade da máquina em 25%.
Sobre a Papirus
Fundada pela família de imigrantes italianos Ramenzoni, a Papirus nasceu como uma empresa de chapéus, que passou a produzir embalagens de papelcartão em 1952, para acondicionar seus produtos. A fabricação de papel passou a representar a totalidade dos negócios em 1972. Com seu DNA transformador, tornou-se a primeira recicladora de papelcartão do País.
Hoje é uma das maiores fabricantes de papelcartão do mercado brasileiro, produzindo 110 mil toneladas/ano para atender o mercado de embalagens, destacadamente de alimentos, medicamentos e cosméticos. Atende mais 200 clientes no mercado interno, entre gráficas e convertedores, além de 38 países e conta com 400 colaboradores.
A Papirus é primeira indústria do setor certificada como Empresa B, e hoje a única preparada para atestar a sustentabilidade do produto, e, inclusive, o índice de material reciclado utilizado na fabricação da linha Vita, contando, para isso, com equipamentos, processos de controle, auditoria da reciclagem e certificações que atestam porcentagem de aparas utilizadas em cada produto e a sustentabilidade do processo no manejo florestal.
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