A Bahia tem 17 mil indústrias, que geram cerca de 394 mil empregos e contribuem com 24,2% do Produto Interno Bruto (PIB). O segmento no estado apresenta números expressivos que devem se tornar ainda maiores após a implantação ou ampliação de 401 empreendimentos incentivados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), que devem investir cerca de R$111 bilhões.
Neste 25 de maio, Dia da Indústria, a SDE celebra esse potencial e destaca a atração de empresas como a Unipar, que anunciou uma planta de cloro em Camaçari, com investimento de R$120 milhões; a BYD, que anunciou a intenção de investir R$3 bilhões na construção de uma fábrica de veículos elétricos; a Mubadala Capital, que deve investir R$ 12 bilhões em uma fábrica de diesel verde e querosene verde de aviação na Acelen; e a primeira fábrica brasileira de hidrogênio e amônia verde (H₂V), construída pela Unigel, com previsão de investimento de US$ 1,5 bilhão até 2027.
“Com uma economia diversificada, o estado desponta como um polo industrial estratégico. Desde construção, serviços industriais, derivados de petróleo, químicos e alimentos, a Bahia abriga um verdadeiro caldeirão de oportunidades e potencial de desenvolvimento”, explica o secretário da SDE, Angelo Almeida, destacando que o estado está trilhando um caminho em direção à transição energética. “Com sua abundância de recursos naturais, como sol e vento, a Bahia tem se estabelecido como um líder na produção de energia renovável. A transição energética baiana é impulsionada por investimentos significativos em parques eólicos e usinas solares, que estão transformando a matriz energética local”.
O gestor ressalta que essa mudança fortalece a sustentabilidade ambiental, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa, mas também impulsiona o desenvolvimento econômico, gerando empregos verdes e atraindo investimentos. “A Bahia está se posicionando como um exemplo inspirador de como a transição energética pode estimular o crescimento sustentável e colocar o estado na vanguarda das soluções energéticas para o futuro”, completou.
A Bahia encerrou o primeiro trimestre de 2023 como líder nacional na geração de energia eólica, responsável por 34,2% da geração acumulada, de acordo com Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O Estado conta com 272 parques eólicos em operação, que foram responsáveis pelo investimento de mais de R$ 34 bilhões e geraram cerca de 74 mil empregos em toda a cadeia produtiva.
O Estado também é um dos líderes na geração de energia solar fotovoltaica, com 47 parques em operação, 25 usinas em construção e outras 347 com construção a serem iniciadas.
Esse potencial deve crescer ainda mais. Recentemente, foi aprovado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) financiamento para implantação de três parques eólicos nos municípios de Xique-Xique e Gentio do Ouro, na região de Irecê.
O investimento total previsto é de R$702,10 milhões, com participação de R$415,32 milhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). A potência a ser instalada nos parques é de 116 MW (megawatts) e a previsão é de que sejam gerados 850 empregos diretos e indiretos durante a fase de implantação e operação.
Bebidas, metalurgia e produtos alimentícios
Segundo o Informe da Indústria do mês de abril, produzido pela SDE, a produção da indústria baiana cresceu 4,9% em fevereiro em relação ao mês de janeiro. Os setores que se destacaram positivamente foram fabricação de bebidas (+17,9%), metalurgia (+9,1%) e produtos Alimentícios (+7,9%).
O segmento de produção de bebidas deve ampliar ainda mais o seu potencial. A fabricante de cervejas Heineken anunciou um aporte de R$300 milhões em sua unidade em Alagoinhas, onde pretende aumentar a produção da marca em 60%.
O estado possui excelente potencial aquífero e boa localização para distribuir a produção. Além da Heineken grandes cervejarias como Itaipava e Ambev estão instaladas na Bahia.
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