A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) registrou lucro líquido de R$957 milhões em 2022, uma alta de 15% em relação ao ano de 2021. Resultado recorde em um período desafiador para toda a indústria de alumínio. A receita líquida consolidada avançou 5% na comparação anual, somando R$8,8 bilhões; o Ebitda ajustado também foi recorde, de R$1,6 bilhão, a margem Ebitda ficou estável em 18%; e o volume de alumínio vendido ficou praticamente estável em relação ao ano de 2021.
Apesar das pressões inflacionárias, juros elevados, desaceleração da economia chinesa pelas medidas de Covid-zero, conflitos entre Rússia e Ucrânia, entre outros fatores que resultaram em volatilidade dos fundamentos do mercado e dos preços e prêmios internacionais, a CBA manteve-se resiliente, com resultados acima da média da indústria, e prosseguiu na estratégia de expansão da produção de alumínio de baixo carbono, reforçando seu modelo de negócio de integração vertical, com autossuficiência de energia, bauxita e alumina, contribuindo para uma economia mais sustentável.
Para avançar nos projetos estratégicos, a CBA adquiriu, em novembro, 20% das ações remanescentes da Alux do Brasil, sendo que a compra de 80% do capital social já havia sido concluída em janeiro de 2022. Localizada em Nova Odessa (SP), a Alux possui capacidade de 46 mil toneladas por ano para a produção de ligas secundárias e sua aquisição visa aumentar a relevância da CBA no mercado de alumínio reciclado, segmento que foi um dos destaques no resultado da Companhia em 2022.
A reciclagem atingiu receita líquida de R$982 milhões em 2022, ante R$509 milhões em 2021, um aumento relevante, resultado da integração da Alux desde fevereiro de 2022, que individualmente contribuiu com uma receita de R$364 milhões no período. As vendas da Alux representaram 4% das vendas de alumínio da CBA em 2022.
IPO
Outro projeto importante da CBA em 2022 foi a antecipação do religamento da Sala Forno 3 no terceiro trimestre de 2022, projeto anunciado na ocasião de seu IPO (oferta inicial de ações), com impacto no aumento de capacidade de produção de alumínio líquido em 26 mil toneladas por ano. Com o objetivo de manter o foco no core business do negócio de alumínio, a CBA concluiu, em julho, a venda da refinaria de níquel de São Miguel Paulista para a empresa australiana Jervois Global Limited. A Companhia segue estudando alternativas para seus outros ativos de Níquel.
Um dos fatores que contribuíram para o resultado da receita liquida com o negócio alumínio (e a receita líquida total) foi a alta de 11% no preço médio do metal na LME (London Metal Exchange), de US$2.707/tonelada, em 2022, na comparação aos US$2.437/tonelada em 2021. Vale destacar que a receita líquida do negócio de alumínio seria ainda maior em 2022, se não fosse pela redução de R$752 milhões na receita de outros segmentos, em função da queda de 82% do volume vendido pelo fim da operação de trading de lingote (estratégia de compra de lingote para revenda).
Destaques
Importante ressaltar que, após um ano do IPO, a CBA também teve avanços no mercado de capitais, como o aumento do free-float para 32,1%, após a conclusão da oferta secundária de ações (follow-on) em maio de 2022. Na operação, a controladora Votorantim S.A. vendeu ações da CBA para melhorar a liquidez do papel, que teve um volume médio diário negociado (ADTV) de ações de R$ 50,1 milhões em 2022, ante um ADTV médio de R$31,9 milhões em 2021.
Esse avanço foi sem dúvida um impulsionador para a entrada da ação (CBAV3) no índice IBrX100 da B3 em setembro, posicionando-se entre os 100 ativos de maior negociabilidade e representatividade no mercado de ações brasileiro.
Graças aos resultados do exercício de 2022, a CBA também passou a integrar a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 em 2023 (ISE), ocupando a 6ª posição de uma carteira composta por ações de 69 empresas com os melhores desempenhos em sustentabilidade empresarial.
A Companhia também passou a integrar os demais índices de Sustentabilidade da B3, como o Índice de Carbono Eficiente (ICO2) que demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como está preparada para uma economia de baixo carbono, bem como o Índice GPTW (IGPTW) que indica que a CBA está entre as empresas com os melhores ambientes para se trabalhar, certificada pela Great Place To Work.
Outro importante resultado foi a conquista da nota “A”, a nota mais alta, pela liderança em transparência corporativa e desempenho sobre Mudanças Climáticas pelo CDP, posicionando a CBA em um seleto grupo de empresas que lideram ações de proteção do meio ambiente e efeitos climáticos.
A Companhia é uma das produtoras de alumínio primário com menor emissão de gases de efeito estufa (GEE) do mundo e tem como objetivo reduzi-la em 40% na média dos produtos fundidos, desde a mineração, e implementando outros projetos nas atividades em reciclados, conforme sua estratégia ESG.
Sobre a CBA
Desde 1955, a CBA atua de forma integrada, da mineração ao produto final, incluindo a etapa de reciclagem. Com capacidade de gerar 100% da energia consumida através de fontes renováveis, a CBA fornece soluções sustentáveis para os mercados de embalagens, transportes, automotivo, construção civil, energia e bens de consumo, além de ser líder em reciclagem de sucata industrial de alumínio.
Com a abertura de capital em 2021, a CBA foi a primeira companhia no segmento a ter ações negociadas na B3 e ingressou na carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) no seu primeiro ano de elegibilidade
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