A Bahia puxou a fila do aumento nos custos da construção civil no Brasil em abril, registrando a maior variação entre todos os estados: 2,32%. O resultado foi impulsionado tanto pelo reajuste nos preços dos materiais quanto por acordos coletivos nas categorias profissionais — fator que também elevou os custos com mão de obra.
Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE, a forte influência baiana fez a Região Nordeste liderar entre as regiões, com alta de 0,74%, superando Norte (0,25%), Centro-Oeste (0,26%), Sudeste (0,37%) e Sul (0,42%).
No cenário nacional, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) teve variação de 0,46% em abril, acima dos 0,35% de março. O custo médio do metro quadrado passou de R$ 1.810,25 para R$ 1.818,64, sendo R$ 1.046,66 relativos a materiais e R$ 771,98 à mão de obra.
Enquanto o custo dos materiais subiu 0,31%, a mão de obra avançou 0,68% — reflexo, segundo o IBGE, de negociações salariais como as ocorridas na Bahia.
. “Influenciada por acordos coletivos firmados, a parcela da mão de obra apresentou alta de 0,32 ponto percentual em comparação a março (0,36%). Já em relação a abril de 2024 (0,83%), houve queda de 0,15 ponto percentual”, explicou o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira.
Mais sobre o Sinapi
Criado em 1969, o Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI) tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.
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