A produção industrial da Bahia cresceu 8,2%, em maio frente ao mês anterior. O estado registrou resultado positivo após ter apresentado queda na passagem entre março e abril (-4,2%), nessa comparação com ajuste sazonal. Na comparação com maio de 2023, a produção também voltou a crescer (6,8%), após dois meses seguidos com queda no comparativo com o mesmo mês do ano anterior. É o que mostram os resultados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
O resultado da indústria baiana foi bastante superior ao do país como um todo, onde também houve queda (-1,0%) e foi o 3º melhor índice entre os 18 locais que têm resultados nessa comparação, atrás apenas de Rio Grande do Norte (25,8%) e Goiás (8,5%), e empatado com o Maranhão (6,8%).
Dos 18 locais pesquisados, 11 registraram resultados positivos nessa comparação. Dentre os 7 que apresentaram retrações frente a maio de 2023, as mais profundas foram no Rio Grande do Sul (-22,7%), Espírito Santo (-6,4%) e Mato Grosso do Sul (-5,5%).
Com os resultados positivos, a indústria da Bahia acumula aumento de 2,6% na produção, nos primeiros cinco meses de 2024, frente ao mesmo período do ano anterior. O indicador é quase idêntico ao registrado no país como um todo (2,5%) e é o 11º crescimento entre os 18 locais, 15 dos quais mostram altas nesse acumulado.
Nos 12 meses encerrados em maio, a produção industrial baiana também apresenta crescimento (0,7%), porém, abaixo do verificado nacionalmente (1,3%), sendo também o 11º melhor resultado entre os 18 locais pesquisados.
Refino de petróleo
A alta na produção industrial da Bahia frente a maio/23 (6,8%) ocorreu por conta do crescimento da indústria de transformação (7,9%), que voltou a registrar resultado positivo após dois meses em queda. Por outro lado, a indústria extrativa (-11,4%) voltou a cair no estado, após quatro meses de índices positivos.
Das 10 atividades da indústria da transformação investigadas separadamente no estado, 6 registraram resultados positivos. Voltando a crescer após dois meses em queda, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (20,3%) registrou a maior alta e foi o segmento que mais contribuiu para o resultado positivo da indústria baiana em geral.
A atividade tem o maior peso na estrutura do setor no estado, respondendo por quase 1/3 do valor industrial gerado da Bahia. No acumulado dos primeiros cinco meses de 2024, o segmento também apresenta resultado positivo (4,8%).
A fabricação de celulose, papel e produtos de papel (16,2%) teve o segundo maior crescimento e deu a segunda maior colaboração positiva para o resultado da indústria baiana, em maio. A atividade voltou a crescer, após queda em abril, e tem alta acumulada de 8,2% em 2024.
Quedas
Por outro lado, dentre as 4 atividades investigadas com resultados negativos, a metalurgia (-20,6%) teve a maior retração e foi a que mais segurou o crescimento geral da indústria baiana em maio. O segmento apresentou a quinta queda consecutiva e tem resultado negativo no acumulado em 2024 (-25,1%)
A segunda maior influência negativa para a indústria baiana em maio veio da preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-7,3%), que teve a terceira queda mais intensa no mês. A atividade voltou a ter retração após ter apresentado resultado positivo em abril.
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