Com fortes recuos no segmentos de produtos químicos e de papel e celulose, a produção da indústria baiana encerrou o mês de junho com uma queda de 3,6% em relação a igual mês do ano passado. Foi a segunda retração seguida no comparativo com o mesmo mês no ano anterior (havia caído 3,3% em maio), e mostrou um resultado bem abaixo do verificado no Brasil como um todo (0,3%). Com este resultado, o setor industrial do estado fechou o primeiro semestre do ano com uma queda de 3,7%. Foi o 5º pior resultado do país, abaixo do nacional (-0,3%).
Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (8/8) pelo IBGE. O levantamento mostrou que no comparativo (junho 2023 X junho 2022), a Bahia teve o 5º pior resultado dentre os 18 locais investigados com resultados na comparação interanual.
As maiores quedas foram registradas no Ceará (-14,6%), Maranhão (-8,5%) e Região Nordeste (-7,3%). Já entre os 9 locais com resultado positivo, os maiores crescimentos foram no Rio Grande do Norte (16,5%), Espírito Santo (11,8%) e Rio de Janeiro (11,7%).
Atividades
O recuo na produção industrial da Bahia no 1º semestre de 2023 frente ao mesmo período no anterior (-3,7%) ocorreu por conta de quedas acumuladas tanto na indústria extrativa (-34%), quanto na indústria de transformação (-1,2%).
Entre janeiro e junho, a produção caiu em 6 das 10 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado.
O principal impacto negativo no resultado geral da indústria baiana no 1º semestre veio da fabricação de produtos químicos (-8,7%), seguida pela fabricação de celulose, papel e produtos de papel (-7,6%).
Porém, a maior queda geral veio da fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-17,5%), que possui um peso menor na composição da indústria do estado.
Com o maior peso na estrutura industrial baiana, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, também apresentou queda (-1,2%) no acumulado no 1º semestre.
Dentre as 4 atividades industriais com crescimento nos primeiros seis meses de 2023, na Bahia, o principal destaque veio da fabricação de produtos alimentícios (11,2%), que teve o maior aumento e o mais significativo para frear a retração geral da indústria baiana. O segundo maior impacto positivo veio da metalurgia (2,4%).
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