A Origem Energia, criada em 2017 e que opera os polos Tucano Sul (na Bahia) e Alagoas, está antecipando investimentos de US$200 milhões (mais de R$1 bilhão), entre 2022 e 2023, para aumentar a produção nesses polos e se firmar como um hub energético a partir do Nordeste. O valor total do investimento previsto até 2027 é de US$300 milhões. Com essa antecipação de recursos, a Origem quase quadruplicou a sua produção, passando de 396 mil metros cúbicos/dia de gás para 1,5 milhão de metros cúbicos/dia.
Além disso, com apenas dois anos de atuação, a empresa já reduziu em 32,5% os preços praticados em contratos de gás com as distribuidoras Algás e Bahiagás. A Origem Energia participou da Bahia Oil&Gas Energy, que aconteceu entre os dias 24 e 26 de maio, no Centro de Convenções de Salvador.
O Polo Tucano Sul, adquirido no terceiro leilão de Oferta Permanente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2022, engloba os municípios baianos de Água Fria, Alagoinhas, Araci, Aramari, Sátiro Dias, Biritinga, Inhambupe, Ouriçangas, Pedrão, Serrinha e Teofilândia. São quatro concessões exploratórias em campos de gás terrestres: Fazenda Matinha, Conceição, Quererá e Fazenda Santa Rosa. Atualmente, o gás natural ali produzido é vendido para a Bahiagás.
“Estamos investindo para revitalizar os polos Tucano Sul, na Bahia, e Alagoas. Com uma infraestrutura integrada, acesso à malha de gasodutos e um projeto de interiorização do gás por meio do modal rodoviário, temos expectativa de atender a todo o Nordeste brasileiro”, afirma o CEO da Origem Energia, Luiz Felipe Coutinho.
Concessões
A Origem Energia opera hoje 34 concessões nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Alagoas. Os dois principais ativos da companhia, no entanto, são os polos Tucano Sul (Bahia) e Alagoas, que estão localizados em duas das quatro principais bacias onshore do país e têm alto potencial exploratório para gás não associado.
Além dos polos produtores, a infraestrutura da Origem Energia dispõe de uma rede de 330 km de dutos, uma Unidade Processadora de Gás Natural (UPGN) em Alagoas, com acesso direto a um terminal de exportação de óleo, em Maceió, e à linha TAG para atender a um portfólio diversificado de clientes. Na Bahia, o ativo está conectado à UPGN Catu, da Petrobras e também à TAG.
Além dos projetos de revitalização dos campos, a Origem Energia também está se preparando para estocar gás para si e para terceiros usando poços depletados (exauridos ou sem utilização comercial) que servirão como reservatórios. A autorização para estocagem foi dada pela ANP em 14 de abril passado em um projeto pioneiro no Brasil. A viabilização dos negócios da Origem Energia será feita agregando competitividade ao gás natural por meio de três fatores: alta flexibilidade, baixa penalidade sobre os clientes e preços competitivos.
“Dessa forma, será possível estimular a reindustrialização do Nordeste brasileiro, atraindo empresas para estados em que o gás é oferecido a preços mais baixos e com contratos que podem ser ajustados às necessidades dos clientes”, completa Coutinho.
Sobre a Origem Energia
A Origem Energia foi criada em 2017 pela engenheira Luna Viana, que tinha à época 30 anos, quando, sozinha, ganhou no leilão de oferta permanente da Agência Nacional do Petróleo (ANP) o campo de Garça Branca, no Espírito Santo. Após esta aquisição, e em parceria com o empresário Luiz Felipe Coutinho, aumentou o capital para o desenvolvimento do projeto. O terceiro sócio, Nathan Biddle se reuniu à dupla e depois se associaram à Prisma Capital, gestora independente de investimentos alternativos, que hoje administra R$12 bilhões em ativos.
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