A produção industrial da Bahia cresceu 4,9%, em fevereiro, frente ao mês anterior, na comparação com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE. A indústria do estado voltou a apresentar resultado positivo nesse confronto, após ter tido leve variação negativa (-0,2%) na passagem de dezembro/22 para janeiro. O resultado da Bahia em fevereiro ficou bem acima do nacional, onde houve um pequeno recuo (-0,2%). Em relação a fevereiro de 2022, porém, a produção industrial caiu, mostrando recuo significativo (-6,1%) e o sexto resultado negativo consecutivo nesse confronto com o mesmo mês do ano anterior (cai desde setembro/22).
Foi a 5ª queda mais intensa entre os 18 locais investigados com resultados nessa comparação. Nacionalmente, também houve retração (-2,4%), embora menor do que a registrada na Bahia.
Apenas seis locais apresentaram resultados positivos, com os melhores índices registrados no Amazonas (7,1%), em Minas Gerais (6,7%) e no Rio de Janeiro (6,4%). As maiores quedas foram registradas no Rio Grande do Sul (-13,3%), Mato Grosso (-13,0%) e Ceará (-11,4%).
No resultado acumulado nos dois primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana tem a 3ª maior queda do país (-8,3%), inferior apenas às registradas em Mato Grosso (-13,8%) e Rio Grande do Sul (-10,4%). O resultado do país como um todo também apresenta retração (-1,1%).
Por sua vez, nos 12 meses encerrados em fevereiro/23, a produção industrial da Bahia tem crescimento acumulado de 1,2%, frente aos 12 meses imediatamente anteriores. Foi o 4º melhor resultado entre os 15 locais para os quais há dados desse indicador. No país como um todo, houve variação negativa (-0,2%).
O quadro a seguir mostra as variações da produção industrial brasileira e regional em fevereiro de 2023.
Atividades
O recuo na produção industrial da Bahia em fevereiro/23 frente a fevereiro/22 (-6,1%) refletiu quedas tanto na indústria extrativa (-48,4%, décimo recuo mensal consecutivo e o maior desde o início da série histórica, em 2003), quanto na indústria de transformação (-2,6%), que mostra retração mês a mês desde setembro de 2022.
Houve quedas em 5 das 10 atividades da indústria de transformação investigadas separadamente no estado, na atualização da PIM-PF Regional.
A retração mais intensa ocorreu na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,5%), mas o principal impacto negativo no resultado geral da indústria baiana, no mês, veio do segmento de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis.
Com a terceira queda mais intensa (-10,1%) e o maior peso na estrutura industrial do estado (33,9%), a produção de derivados de petróleo mostrou um quinto recuo mensal consecutivo. Ainda assim, se mantém em alta e com o melhor resultado nos 12 meses encerrados em fevereiro (15,1%).
O segundo maior impacto negativo na indústria baiana em fevereiro veio da fabricação de produtos de borracha e de material plástico (-5,3%), que voltou a cair após resultado positivo em janeiro.
Por outro lado, entre as atividades com aumento da produção em fevereiro, os principais impactos positivos no resultado geral da indústria da Bahia vieram da fabricação de produtos alimentícios (7,9%) e da metalurgia (9,1%), que apresentou seu primeiro resultado positivo após 17 meses seguidos em queda.
Já maior taxa de crescimento veio da fabricação de bebidas (17,9%), que tem um peso menor na composição industrial do estado.
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