De acordo com o Censo Demográfico 2022, a Bahia é o estado com a maior proporção de pessoas que vão para o trabalho a pé, entre a população com 10 anos ou mais, ocupada e que trabalhava fora do domicílio onde residia. No total, 1.197.115 pessoas em todo o estado declararam que andar a pé era o “meio de transporte” utilizado ou em que passavam a maior parte do tempo no caminho de casa para o trabalho, o que representava 27,6% da população ocupada na Bahia – ou quase 3 em cada 10 trabalhadores.
Ir a pé era o principal meio de transporte para o trabalho na Bahia e em somente outros dois estados: Alagoas (24,9% das pessoas ocupadas iam a pé para o trabalho) e Pernambuco (24,8%). Nacionalmente, 17,4% da população ocupada andava no caminho para o trabalho, ou 12.434.197 pessoas.
Estavam na Bahia os 4 municípios com as maiores proporções de pessoas que andavam no caminho de casa para o trabalho, em todo o país: Cairu (77,8%), Saubara (77,2%), Firmino Alves (75,0%) e Santa Cruz da Vitória (73,5%).
Em Salvador, 130.680 pessoas iam a pé de casa para o trabalho, o que representava 15,1% da população ocupada, 2ª maior proporção entre as 27 capitais, atrás apenas de Florianópolis/SC (15,9%).
Depois de andar, o segundo meio de transporte para o trabalho mais adotado, na Bahia, era o automóvel, utilizado por 869.723 pessoas (20,0% do total de ocupados). Na sequência, apareciam motocicleta (864.976 pessoas ou 19,9%), ônibus (775.507 ou 17,9%) e bicicleta (298.358 pessoas ou 6,9%).
Já em Salvador, o meio de transporte predominante no deslocamento de casa para o trabalho, em 2022, era o ônibus, utilizado por 386.144 pessoas (ou 44,7% do total de trabalhadores), seguido pelo automóvel (224.426 pessoas ou 26,0%). Andar a pé ficava na 3ª posição.
No Brasil como um todo, o principal meio de transporte para ir ao trabalho era o automóvel, utilizado por 22.575.481 pessoas ocupadas (31,7% do total). O ônibus estava na 2ª posição (14.915.744 pessoas ou 20,9%) e andar a pé, na 3ª.

Tempo
De acordo com o Censo do IBGE, em 2022, na Bahia, 452.089 pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas e que trabalhavam fora do domicílio passavam uma hora ou mais no deslocamento para o trabalho. Elas representavam 10,4% dos trabalhadores do estado.
Desse total, na Bahia, 374.747 pessoas levavam de uma a duas horas (8,6% do total); 44.789 pessoas (1,0%) gastavam entre duas e quatro horas; e 32.553 pessoas (0,7%) passavam mais de quatro horas no caminho para o trabalho.
A proporção de pessoas ocupadas que levavam mais de uma hora para chegar ao trabalho, na Bahia, teve um leve aumento frente a 2010, quando era de 9,4%. O índice do estado, em 2022, estava levemente abaixo do nacional. No país como um todo, onde 12,2% dos trabalhadores passavam mais de uma hora no deslocamento diário para o trabalho, o que representava 8.665.158 pessoas.
No ranking de estados, o Rio de Janeiro tinha a maior proporção de trabalhadores que levavam uma hora ou mais para chegar ao trabalho (23,9%), seguido por Amazonas (17,3%) e São Paulo (16,1%). A Bahia ficava na 9ª posição.
Municípios
Entre os municípios baianos, Taperoá tinha a maior proporção de pessoas que levavam mais de uma hora para chegar ao trabalho, com 26,9% dos trabalhadores nesta condição. Em seguida vinham Salvador (22,6%) e Ouriçangas (21,0%).
Em Salvador, a proporção das pessoas que passavam uma hora ou mais no caminho para o trabalho também mostrou leve crescimento entre 2010 e 2022, passando de 22,0% para 22,6%, o que representava um total de 195.338 trabalhadores.
Entre as capitais, Salvador tinha a 3ª maior proporção de pessoas que demoravam mais de uma hora indo para o trabalho, atrás de São Paulo/SP (29,5%) e Rio de Janeiro/RJ (27,9%). Por outro lado, na Bahia, 4 em cada 10 trabalhadores (1.563.087 ou 36,0%) levava menos de 15 minutos para chegar no trabalho. O índice era o 8º menor do país, quase idêntico ao nacional (35,8%).
O município baiano com a maior proporção de trabalhadores que chegavam ao trabalho em até 15 minutos era Ipupiara (75,5%), seguido por Santa Cruz da Vitória (67,5%) e Firmino Alves (66,3%). Salvador tinha a menor proporção do estado e a 2ª mais baixa entre as capitais do país, com 15,2%, só maior do que a verificada em São Paulo/SP (14,9%).
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