O município de Vitória da Conquista, na Região Sudoeste da Bahia, vai ganhar um polo têxtil. O empreendimento, que será implantado às margens da BR-116, entrará em operação no final do ano que vem e irá gerar pelo menos 8 mil empregos diretos. A estimativa da prefeitura é de que sejam investidos no projeto R$375 milhões. Os recursos serão empregados em obras para a preparação do terreno, pavimentação, construção de diversos equipamentos, estruturas metálicas, reservatórios de água, instalações elétricas, dentre outros.
O polo têxtil, batizado de Feira da Moda Conquista, vai ocupar uma área entre 390 mil e 440 mil metros quadrados, sendo 190 mil m² de área construída. O terreno fica a apenas 8 Km do centro da cidade e do Aeroporto Glauber Rocha.
O projeto prevê alojamento para motoristas, com 440 leitos, 13 lotes empresariais, uma praça de eventos, entre 280 e 320 plantas industriais e estacionamentos com até 3,4 mil vagas.
O polo terá ainda setor administrativo, 48 guarda-volumes, mais de 2,8 mil boxes, cerca de 700 lojas, 32 restaurantes e lanchonetes e 16 sanitários. A ideia é que, na Feira da Moda Conquista, sejam comercializados produtos fabricados em toda a região Sudoeste da Bahia.
A prefeita Sheila Lemos destacou a viabilidade do projeto e as expectativas positivas quanto ao seu funcionamento. “É um projeto feito a várias mãos. Não é da prefeita, nem de Vitória da Conquista. É da região Sudoeste e é da Bahia. Não tem carimbo nem cor partidária”, disse a gestora, fazendo menção à necessidade de apoio institucional dos governos federal e estadual para que o sucesso do empreendimento seja possível.
Impacto
Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Marcos Ferreira, o impacto econômico provocado pela Feira da Moda Conquista pode ser equivalente ao que houve no município na década de 1980, no auge da cultura do café.
“A prefeita é empresária e viu aqui um divisor de águas, a exemplo do que aconteceu com a cultura do café, há quase 40 anos, que mudou a história da cidade. Sem nenhuma pretensão, imaginamos que, com o Polo Têxtil, vai acontecer a mesma coisa”, afirmou o secretário.
Lígia Santos, gerente de Comunicação e Marketing da Associação Brasileira da Indústria têxtil e de Confecção (Abit), destacou: “O setor têxtil é muito capilarizado no Brasil inteiro e tem um grande potencial de gerar emprego e renda. Pelo tamanho do empreendimento que será feito aqui, a gente já entendeu que vai gerar muitos empregos, não só para a cidade, mas também para todo o entorno. O investimento no setor é realmente uma boa noticia, a despeito de todas as dificuldades que os industriais e as empresas, de todos os tamanhos, enfrentam no nosso custo Brasil de produção. Os empresários estão aqui, com vontade de empreender. E nós vamos dar todo o nosso apoio”.
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